Projeto
Objetivos
O COLEOPTER desenvolve uma abordagem integrada inovadora de reabilitação energética em edifícios públicos associando desafios técnicos sociais e económicos.
Visa realizar o diálogo territorial com os stakeholders locais para coconstruir o plano de trabalho de renovação de um edifício público. Uma nova metodologia de auditoria nexus água-energia para potenciar ganhos de eficiência será desenvolvida.
A utilização do BIM como uma ferramenta colaborativa facilita o diálogo (especialistas/não) em torno de um modelo 3D dos edifícios. Esta ferramenta será testada em projetos piloto em Cartagena (Es), Combraille (Fr) e Póvoa de Lanhoso (Pt) e replicada em Andorra para validar a transferibilidade.
Esta abordagem foi concebida para dar resposta aos desafios do Sudoe: crescente sensibilização através do diálogo sobre um edifício de referência para massificar as taxas de renovação, análise da eficiência energética e hídrica e a difusão de ferramentas colaborativas BIM.
Custo total elegível: 1.454.944,07€
Orçamento FEDER: 1.091.208,06€

Atividades
1. Contextualização, prefiguração e dimensionamento da abordagem COLEOPTER nos territórios de experimentação (casos piloto)
Serão recolhidos exemplos de abordagens integradas de edifícios energeticamente eficientes no Sudoe e, em particular, nas três regiões de implementação, capitalizando as experiências existentes e identificando oportunidades de financiamento. Será ainda desenvolvido um estudo de economia circular para identificar materiais locais e suas características.
Procurar-se-á a prova de conceito de uma metodologia inovadora para conduzir auditorias de nexo energia-água, que serão implementadas nos edifícios piloto a serem renovados. O edifício piloto a construir de raiz considerará o nexo energia-água na fase de construção e avaliará o seu índice de eficiência de energia-água após a construção.
Esta atividade permitirá definir posteriormente as condições de replicação da abordagem das áreas de demonstração para o resto do Sudoe.
2. Desenvolvimento do diálogo territorial e reforço dos canais de cooperação
O processo do diálogo territorial será realizado em 4 etapas:
- Organização de um evento em cada território, contando com os principais stakeholders, para alcançar a população local e envolvê-la na definição e implementação do diálogo;
- Capacitação dos parceiros sobre a realização do diálogo territorial. Durante esta capacitação, os parceiros trabalharão juntos para elaborar um processo adaptado aos três cenários sobre como conduzir o diálogo (estrutura partilhada);
- A estrutura do processo é proposta aos comités de acompanhamento locais, que a utilizarão como base para coconstruir processos locais para a realização do diálogo;
- Após estes processos locais serem testados e validados (ou ajustados), realiza-se uma segunda sessão de capacitação, durante a qual é elaborada uma metodologia replicável para a realização do diálogo territorial sobre eficiência energética em edifícios públicos.
3. Implementação da plataforma colaborativa BIM nos ecossistemas dos stakeholders locais, para os associar à implementação do diálogo territorial
Serão desenvolvidos modelos 3D BIM em cada local piloto, que serão implementados numa plataforma colaborativa, para que todas as informações de projeto, construção e gestão dos edifícios estejam disponíveis numa única plataforma, que permitirá visualizar, em 3D e on-line, qualquer ponto do edifício.
A fim de realizar intercâmbios transnacionais usando a plataforma colaborativa, serão dadas sessões de capacitação aos parceiros e informação aos stakeholders que integram os diálogos territoriais, de modo a facilitar a sua contribuição para os planos de trabalho participativo. As sessões de capacitação também serão abertas aos parceiros associados, a fim de democratizar o uso do BIM entre as PMEs nos territórios de experimentação.
Os parceiros locais serão envolvidos para moderar o uso do BIM no processo de diálogo territorial.
4. Realização da intervenção nos quatro edifícios piloto a partir dos resultados dos processos participativos e auditorias técnicas de energia e água, com o envolvimento contínuo das populações locais
Com base nas recomendações elaboradas através dos processos participativos, nos planos de trabalho colaborativos na plataforma BIM e nos elementos de melhoria identificados através das auditorias de nexo energia-água, são construídos o projeto técnico, validados os planos de trabalho e realizada obra nos edifícios piloto, com dois objetivos:
- Maximizar a diminuição no consumo de energia dos edifícios, incluindo, quando possível, alcançar edifícios energeticamente neutros (através de trabalhos de reabilitação exemplares e uso racional de energia e água relacionados com as atividades diárias nos edifícios);
- Servir de exemplo para outros projetos de reabilitação/construção no território e sensibilizar para os desafios da eficiência energética.
Enquanto são realizados trabalhos de reabilitação nos três edifícios existentes (Cartagena, Póvoa de Lanhoso e Combraille) e as obras do 4º edifício (Est Creuse), os comités de acompanhamento de cada edifício, definidos através do processo de diálogo, reunir-se-ão para garantir a mobilização em caso de desenvolvimentos não expectáveis e acompanhar o avanço do trabalho realizado.
Após a intervenção nos edifícios piloto, novas auditorias de nexo energia-água serão realizadas, usando a metodologia desenvolvida para comparação com o estado inicial.
5. Definição das condições de sucesso, capitalização e difusão dos resultados e, replicabilidade da abordagem COLEOPTER em Andorra
Definição das condições para a replicação da abordagem COLEOPTER, usando a tipologia dos territórios rurais, as etapas metodológicas para realizar auditorias energéticas e hídricas, os processos participativos implementados nos edifícios piloto e as orientações sobre o uso do BIM e os primeiros resultados dos edifícios piloto.
Realização de uma análise comparativa dos processos desenhados à medida para validação da replicabilidade da abordagem e definição das condições de sucesso para esta transferibilidade, incluindo: impactos nos perfis de energia, mobilização e tipo de edifícios a serem considerados. A replicabilidade da abordagem será validada pela implementação em Andorra.